quinta-feira, 24 de junho de 2010

"Deixe que eu chore meu cruel destino e que deseje a liberdade"


Nas sombras noturna dos bosques
O olhar passivo avista
Luzes da cidade no horizonte,
Num lugar que tudo esquece,
Deslizando a pena sobre o papel,
Escoam d’alma como um rio
Tinta sob a forma de símbolos.
Legião de pensamentos pululam,
Serpenteando vales e precipícios do Id,
Desenterrando lembranças de outrora,
Rememorando tempos, dando vazão as emoções.
No ímpeto Indaga o Superego:
— O que fizeste tu de tua vida?
— Lutaste, amaste e debalde sofreis?
— Pelo destino foste sentenciado?
Amou sem ser amado...
Na vaga existência deste grão,
Levado a mercê do vento
Por entre dunas desérticas,
Nos áridos lugares destituídos de compaixão,
Em "amores egoístas", machucaste teu coração
Negando a ti recompensa,
Deveras o Superego:
— Assim deixaste de amar?
Quem espontaneamente amou já foi retribuído,
O dom da vida está em dar e não receber,
Pois o amor subsiste em si mesmo,
É força vital a fluir gratuitamente na
Vocação que não depende de ti.
Propõe-te sempre a amar,
E jamais será infeliz.

Um comentário:

  1. Lindo, Benjamin...como tudo alias que vejo aqui...
    Isso demostra o quanto tem um coração e uma Alma bela!

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