sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

"E se você visse meu amor iria ama-la também"



Luz apagada
Um grão de areia no nada
Passos na calçada
Errante um peregrino,
E a multidão que dorme
O cândido sono,
No esquecido mundo...
Corroeu o tempo,
Devaneia a mente
Permuta mentira,
Por verdade inocente.
Até quando fantasia,
Espelhismo ou miragem.
Onde a razão se esconde?
Amar é padecer?
O único remédio
Com certeza é você...

Pro coração não sofrer.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

"Daria pra escrever um livro, se eu fosse contar tudo que passei antes de te encontrar"





Você...
Um cometa incandescente
Fora de órbita...
Deixou seu rastro de fumaça.

Você...
Um mar com rochedos a lutar,
Destruindo, rasgando,
Com suas ondas gigantes.

Você...
Como sal nos olhos a arder,

Até chorar...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

“As minhas horas sem sono, querida as inúmeras sombras com as quais convivo.” “Pequenas flores brancas não te acordarão”



Ferida a sangrar
Em segredo.
Se eu pudesse
Estancar...

Sob as asas da alva
Nas entranhas da terra
Vaga céus estrelares
Profundezas dos mares

Vento solitário,
Bucólicas paisagens
Verdes pastagens
Sem destino...

O silêncio aos ouvidos,
Olhar perdido,
No sol,
Na chuva...

Não posso lutar...

Por que te amar,
É como respirar.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

"Uma cantiga de um outro verão"


Por um momento lembrei-me,
Do meu desejo de paz,
Deixei o rancor, a dor,
Contive as lágrimas...
Caminho passos na esperança,
Os pés subindo penhascos
Até o cume, o ponto mais alto...
Reflete minha imagem o infinito
O passado meu pensamento,
Antes da primeira lágrima,
Trago meus pés feridos...
Nada lhe disse, nada você percebeu...
Renunciei meu íntimo,
Experimentei a sombra,
Te chamei de amor,
Você também não entendeu...

domingo, 23 de janeiro de 2011

"Tu, no teu mundo separado do meu por um abismo. Olá, chama-me; eu voarei a teu mundo distante. "



Teu olhar leve fio corta
Invade Incertezas a luz d’Alma
Escoam-se as horas
Suave tempo distancia
Como transpor o mar...

Chove lagrimas, rega flores
As flores caem
Envelhecem...
A esperança enrubesce.

O destino é assim;
Frutos amargos,
Esconde o amor
Guarda o rancor,

No coração...

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

"Ainda há esperança que navega em meio a tempestades"


Lua cheia enamorada
Estende-se sobre o abismo...
Suprema brancura, telúrica
Árida, percorre sua órbita
Não acolhe minha súplica,
Neste prisma de agonia...
Lúdica destila poesia,
Musa dos solitários corações,
Em sagas de penosos amores,
Tua Luz fere em recordações,
Tanto querer, encanto, fenece...
Teu amor tormento,
O chão desaparece,
Fustiga o corpo em desalento...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

“A sombra da bondade esconde a lágrima, dá um passo em direção ao encontrado. Que a paz esteja repousando no berço de ninar. A esperança se mantém, o caminho para o amor, o caminho para a profunda liberdade.”


No verão,
Viaja vento...
Balança as folhas...
Espírito vaga...
Nas cidades desatentas
Nos Mares...
Visitando continentes
Decifrando segredos,
No mundo imperfeito...

Escravo fugitivo,
Á luz do devaneio
Estrela guia no céu
Pintura tinta anil,
Desbotada, envelhecida
Do mitológico paraíso.

Asa de vento
Enrola as nuvens,
Queira bem o destino,
Sentencia: Culpado.
Vinga-se ferino,
Na perpétua imagem (dela),

Nesse túnel sem fim...

sábado, 15 de janeiro de 2011

"Nós nunca estivemos aqui"



Quando nasce o sol
o dia não sabe
que surpresas revelar,
a dor me ajuda lembrar...

Sem hesitar...
Adeus solidão
no braile dos sentidos,
a realidade subvertendo
inconsciente...

Se o tempo eu dominar,
pudesse o passado desaparecer,
e meu corpo minh'alma libertar,
á vida o humano ressurgir...

Renasceria...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

“Há algo no ar hoje a noite, o céu esta vivo com uma luz incendiante. Você pode perceber que minhas palavras são sobre algo que está a ponto de quebrar”




Na escuridão, na noite fria
Em algum lugar, alguém
Caminha...
Perdido...
No calor, no frio.

O coração se lança
Querendo encontrar...

O que é uma tormenta?
Se cair no mais profundo abismo
Ou chorar até as lagrimas secar...

A bruma vai subir,
O dia vai raiar e o sol irá sorrir,
Tão logo me encontrar...

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

“Vértebra por vértebra role pelo seu caminho para fora do coma, olhe para cima, a enfermeira está sorrindo, mas, que sorte, a enfermeira sou eu”


Praia solitária
do imenso atlântico
o sol a pino brilhava.
Coisas de menino
Pés nus na areia quente,
tão distante pensamento...
Sem nada pedir amava,
sem lar...
O teto era o céu anil,
O coqueiro a casa.
Castelos de areia
que pérfido tempo ruiu...
Saudade vem em cutelo
corta sem parar,
quando o sonho mais belo
insiste em cinza tornar.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

“Eu beberei veneno até que fique imune, eu gritarei com meus pulmões até que encha este quarto... Quanta diferença isso faz?”



Que cor tem seus olhos?
Qual tempo é claro a meia luz?
Ardo quando invades minha carne,
Como uma torrente de um rio cheio.

Embaraça-me teu sorriso tímido,
Leva-me como folhas ao vento.
Atravesso noites e dias Invento,
Na secreta inocência de nunca te tocar.

Nas manhas ao abrir os olhos
Desenho teu rosto ao olhar,
Na paisagem, na memória,
Neste cárcere voluntário...
Falta-me a beleza da tua presença...

Trago em mim o vento do teu rosto,
Cheio de maresias trazidos do seu mar...
Um bálsamo que de longe vem,
Torna mais certo que aí ainda está.

A me esperar...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

"Você foi a única coisa certa em tudo que eu fiz, e eu quase não posso olhar pra você, mas, toda hora o faço"



Eu sou silêncio,
Silêncio...
Sou invisível,
Oculto do mundo...
Mas, meu silêncio
Mais profundo eu arquiteto,
O silêncio etéreo da minha alma,
Guardo seu nome em segredo,
Gravado no âmago do coração:
Ela...

domingo, 9 de janeiro de 2011

"Ela é simples, porém confusa, seus olhos brilhantes me deixam fraco e minhas palavras tremem."


E ao olhar...
Penetra o vazio meu ser...
Fito as estrelas implorando,
Leve de mim a sanidade,
Que tudo urge, inunda.
Insano é o ritmo do corpo,
Correndo... Fugindo...
Aí de mim... Desejo fecundo.

"Prometa-me que quando você ver uma rosa branca pensará em mim, eu te amo tanto, nunca esqueça, eu serei seu fantasma de uma rosa..."



Toque minhas mãos

Sinta a tez da m' alma
Açoite-me com teu olhar
Envolva-me com seu ardor
Usurpando minha paixão


Toque minhas mãos

Destrua meus sentidos
Dispa-me os temores e anseios
Beije-me com seu doce mel
E no amargo fel despeça-me

Toque minhas mãos

Ouça as batidas do meu coração
Clamando em silêncio:

Te amo...

sábado, 8 de janeiro de 2011

"Existe uma linha fina entre o amor e o ódio e eu não me importo."



As ondas do mar quebrando numa praia,
A lua iluminando uma estrada,
As lagrimas do orvalho em uma rosa,
Um arco Iris rasga o céu.
A vida tem seus segredos
Bonitos... Verdadeiros...
Não marcamos um encontro.

Os corações se unem...
Meu coração não vive sem sentir o seu,
Meu mundo não é o mesmo quando canto sua canção...
Ouvi falar que tudo pode mudar... Eu não sei.

Pode alguém por amor dar-se sem medida
Mesmo tão distante?

Secretamente distanciou-se, não voltou,
Pra eu te encontrar...

Você...
Ilumina meu coração no cansaço do meu dia,
Na tristeza da minha noite, na angustia da alma
Busco tua luz, teu calor multiplica minha força.

Minhas pegadas atravessam a terra dos mortais,
Prá te encontrar...
Por amor...

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

"Acenda uma vela, o pavio é o que somos" "Não havia algo que eu deveria ter tentado pra ajudar você ver além do céu cinzento?"




Aglomerado de gente.
Cidade...
Uma ilha rodeada de povo
A sangrar sem parar...
Povo...
De pedra, concreto, cimento
Miro teu céu cinzento,
Atiro teu mundo ilusão;
Vestidos de verdades.
Placa onde se lê:
“terra da amizade”
Será que mora gente neste lugar?
O mapa diz que é aqui mesmo...
Onde? Só vejo...
Ódio, egoísmo e canibalismo...

sábado, 1 de janeiro de 2011

"Se eu fosse dormir poderia sonhar, se eu tivesse medo poderia me esconder, se eu enlouquecer por favor não ponha seus arames no meu cérebro, se eu fosse um bom homem conversaria contigo mais freqüentemente do que o faço "



Existe um tempo não comum,
Os olhos não divisam distante
Nem os ouvidos escutam seus sons.

Existe um tempo perdido em você,
Um tempo além da tristeza, da melancolia.
Mesmo com mãos calejadas
E braços cansados... Vais aportar.

Neste tempo ao por do sol,
Renascerão teus sonhos diante do mar.

Um tempo em segredo vai se revelar,
Alegre, animado, de paz (interior)
Linda você vai fluir, reescrever, vislumbrar...

Calmamente deixe-se levar... Por este tempo...
Tempo que agora se inicia...
Um ano novo... Um novo tempo.