segunda-feira, 26 de abril de 2010

"E você não pode lutar contra as lágrimas que não virão"



Hoje não quero dizer que te amo,
Nem falar da falta, do vazio.
Escondo o amor que sinto,
Em silencio te vejo todos os dias
Acompanho o que escreves,
E às vezes imagino escrito para mim.
Quando aparece a verdade,
De saber que nem percebes que existo.
Se alguém te segredasse o que sinto,
Que faz parte dos meus sonhos
Que não durmo sem antes te ver.
O quanto doe  a solidão,
De amar quem não me sente,
Me refugio na música.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

"A porta na verdade nem existe"


Faz tanto tempo que te perdi,
Inesquecível, continua a doce rotina.
Lembro-me quando a conheci
E a via chegando com seu sorriso.
Hoje, apenas te vejo e não posso abraçá-la
Vejo-a e não posso beijá-la,
Cada vez mais longe... E a saudade,
A saudade invade minha alma.
Se pelo menos eu fosse um passarinho,
Para no coração dela fazer um ninho.
Nasceu rosa, enfeitou meu jardim,
Junto com a rosa os espinhos,
Machucando silenciosamente dia-a-dia.
Ela não nasceu pra me amar.
Eu queria como João de barro,
Construir minha casa lá no alto,
Onde a chuva cai e as águas correm pro riacho
E deságuam lá no meu sertão,
Distante da minha terra solidão.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

"O último dia"


O princípio...
O amor...
O bálsamo...
A aliança...
O tempo...
A incongruência...
O silêncio...
A ausência...
A escuridão...
A música... Damien (Cold Water)
O olhar... A falta...
O esquecer... O rancor... A magoa...
O guardar... O não... O sim... O talvez...
O óbvio... A amizade... O Fim...
A raiva... O sentimento... A saudade...
O último... O ferimento... O eu...
A cicatriz... A marca... A mentira...
Bons momentos me ajudam esquecer
O passado que persiste ficar.

terça-feira, 20 de abril de 2010

"2001: Uma Odisséia no Espaço"

Estou cansado Pai.
Cansado da ignorância, da violência,
Crianças sendo maltratadas ou abusadas.
Cansado desta corrupção endêmica Senhor.
Cansado da exploração de poucos ricos
Ao redor do mundo.
Pai, quanta avareza, gula, inveja, ira, luxúria, soberba.
Quem pode decifrar estes hieróglifos Senhor?
Rompemos o delicado equilíbrio,
E estamos em processo irreversível de extinção.
Mais achamos que encontraremos a solução Senhor.
A história mostra-nos erros da nossa prepotência,
Dizemo-nos a nós mesmos:
 -- “Rico sou (conhecimento cientifico ou financeiro?)
“E de nada tenho falta” e vamos “consertar” a vida.
Mais Tu dizes:
 --“Nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu”
Aconselho que compres
 “Colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas”.
Meu Paizinho, quem vai "ver" (dar crédito) a sua Palavra?
Montaram um comércio com Teu nome,
Com multidões alienadas,
Mantidas na ignorância para serem
Exploradas, denegrindo a Tua imagem Senhor.
Meu Senhor por que os “lideres religiosos”
Chamam os fieis através dos bens materiais,
Prometendo coisas, lotam os templos religiosos tirando os
Escassos recursos destes pobres
Para seu enriquecimento fácil?
Pai se existe apenas um Deus (Triúno),
E sua Palavra (Bíblia)
Por que existem milhares de religiões, seitas e filosofias?
Estou cansado de tudo isso Meu Deus, cure a minha dor,
Ou me translade para outro mundo Senhor.
Não se aborreça com minhas palavras Meu Pai,
Nem as tome como blasfêmias, foi apenas um desabafo.

sábado, 17 de abril de 2010

"Mais que palavras"














Saudade machuca aqui, a falta atroz
De quem partiu e deixou prá trás
O doce fel que fere.
Encontro-te no sonho
Só prá relembrar o que passou.
Lágrimas como cachoeira,
Dos olhos que rejeita
A chuva que teima em cair
Mesmo sem o céu consentir.
E um pingo na janela a escorrer,
Lembra-me teus cabelos molhados,
Apaixonadamente beijava-nos,
E a água da chuva se misturava,
Saciava minha sede com tua seiva,
Esquecendo-me a tristeza.
Já é tarde querida e  não dormi
Revirando o passado, sem  perceber,
Você no presente resolve aparecer
Tirando meu sossego.
Por quê? Meu corpo te buscava?
Foi o efeito do vazio que você deixou?
É meu destino humano viver
Esta eterna paixão.


domingo, 11 de abril de 2010

"Machuquei a mim mesmo hoje"














Meu coração não cala...
A tristeza?
Escondi na minha alma.
Nem meus versos traz alento,
Meus toscos versos...
Jogados ao vento,
Como sementes estéreis.
Cansado de miragens
Varrido pelas ondas,
Tento renascer das lágrimas
Que deságuam no mar,
Inconsciente, insondável,
Misterioso, obscuro.
Vivo o querer e dor
O sol e a chuva,
O fogo e gelo.
Fui condenado pela paixão
Mais não cedo à solidão.
Sádica sente prazer
Quando me faz sofrer.
Tanta sede de amar,
De se entregar...
A quem só quer me torturar.