sábado, 30 de outubro de 2010

"E eu tento ser a única pessoa com esta melodia na minha cabeça,"


Madrugada fria, por terra inerme jaz meu eu
Na profanação, impotência, abjetas dores exalam-me
Varrido pelo pó como em vendaval dos sentidos
Alma teme prisão na eterna noite negro ébano
Absinto não impedirá o alvorecer que irrompe
Radiante manha de luz a anunciar o mundo
Quando a alegria estancar pra sempre o pranto

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

"Eu deixo a onda me acertar e o vento vai levando tudo embora..."


Caminhava na praia, tocava-me o vento
Olhava pro mar na noite vazia
Silencioso amor no pensamento
Só a lua e eu, o mundo esquecia...
O mar solidão lágrima na areia,
Sentimentos absortos insistiam
Levava pra todo destino preia,
Cansada alma só um lugar queria...
Seu coração abrigo... Mas, o dia amanhecia.

sábado, 16 de outubro de 2010

"De cada quarto os corações falaram através das paredes "


Um amor
Uma historia
Uma dor
Marcada pelo tempo
Uma música
Um lugar
Posso te encontrar quando prá trás olhar...
Um pássaro sem asa
Sem você sou...
Um nada
Eu que sou
Uma razão
Um tudo
A força prá vencer
Um brilho nos olhos
Um pensamento
Quando em tudo penso
Uma pagina virada...
Um esquecimento
Por onde quer que vá
Uma escuridão tenta entrar
Mas, a luz é meu brilho
Entrego-me ao encanto
Deixar-te-ei...
Por outros caminhos...
Vou me perder... — Pra você me achar
Algum dia em algum lugar
E ouvir sua voz me chamando:
— Eu te amo.
Ai!... Acordei do sono...

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

"Eu queria que você nunca esquecesse o meu olhar quando nos vimos pela primeira vez"


O sol queimava, não veio chuva,
Chegaram o fim e a terra seca
Não germinou a semente.
A dor insistiu não passar
Transformando os dias em vazio.
O tempo já se foi, passou...
O orvalho de cada noite persistente,
A semente adormecida floresceu...
Infelizmente, a flor no campo secou,
Por que veio a colheita e você não ceifou...

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

"É, acabei de ouvir as notícias de hoje, parece que minha vida vai mudar"


No momento de tristeza lembrei-me
Da luz na noite, do meu desejo, da paz...
Esqueci-me do rancor, do espinho, da dor...
Evitei as lagrimas aprisionada em mim...
Os dias jamais serão os mesmos sem teu amor,
Caminho meus passos de esperança,
Os pés continuaram subindo o penhasco
Chegou ao ponto mais alto do cume,
Lá o infinito refletia minha própria imagem,
Do passado quando eu era seu pensamento...
Sempre contigo antes da primeira lágrima,
Nunca ficaste sozinha, nunca feriste teus pés,
Quando você sofreu doeu em mim,
Não lhe disse nada mais você percebeu...
Renuncie meu íntimo pra que você
Experimentasse a felicidade,
Eu te chamei de eterna amiga,
Por longos anos, você não entendeu...

sábado, 9 de outubro de 2010

"Bem, deixe os poetas chorarem até adormecer e todas as suas palavras vão evaporar"


Um instante levou o tempo
Transfigurando pensamento
O vento balançava as folhas
Meu corpo em movimento,
Morto na cápsula tempo
Espírito incansável vagava,
Por cidades incógnitas
Mares nunca navegados,
Desbravando terras insólitas,
Astronauta no espaço,
Buscando um sentido...
Uma pausa para o vazio,
Repentina luz inspirada,
Ímpeto de fugaz poeta,
Com tinta anil disfarçada...
Estranho é o paraíso,
Quando devaneios sob chuva
Transforma homem escravo...
Asa de vento enrola nuvens,
Não corrigi erros passados
Nem há luz no fim do túnel...
Culpado paga com infelicidade
Falta que traduz em saudade...

sábado, 2 de outubro de 2010


Grávida lua cheia nas dores de parto
Observa passiva do seu pedestal prata
Vê-me e nada faz como você...
Silenciosa vastidão cosmo
Alva brancura, telúrica
Na magia de suas fases
Percorre o seu árido itinerário
Caminha lentamente sua órbita
Docemente machucando os corações aqui embaixo
Destilando lúdicas poesias em prosa
Engana-se a tristeza com um cálice de vinho
Sob um prisma de felicidade
Segue ó lua inspirando poetas solitários
Nas sutilezas da sua luz toca , fere, recorda
A saga de um amor impossível
Marcado no tempo, mas, esquecido
Tanto é o querer, sufocar, perder
Lapida o espírito resignado
Revive ó dor? Persiste sem descanso
Como agulha no sulco estrado,
Na vida deste ser o chão desaparece,
Navalha na carne a cortar é saber,
Com outro amor ela parece viver...