quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

José Manuel Carreira Marques

Nem o mar sabe do meu naufrágio.
Há um vazio silencioso
e profundo
onde me agarro.
Veja as algas plantadas
nos navios naufragados
e ouço os queixumes dos mártires.
São os meus companheiros de infortúnio
que me olham espectrais e espantados
porque ninguém naufraga assim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário