segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Eu guardei meus sentimentos para mim mesmo...Entre as estações eu posso ter um milhão de possibilidades...
É como se o desejo nunca se esgotasse na ingenuidade daquela doce voz que o amor fervilhou, sua felicidade feria o lascivo animal na pele humana... Sob o jugo da emoção e delírio no intervalo dos seus cigarros, no amargo dos seus tragos... Foi o ciúme do decote atrevido do vestido de cetim? Do sorriso, do olhar sempiterno e inocente que habitava a áurea dela? Não. Dentro e fora do peito, o sociopata mantinha-se prisioneiro nos úmidos corredores, das ruínas de castelos e torres do seu mundo doente... Com os pingos das lágrimas teceu seu desespero... Mar e rochedos abaixo aguardavam pra quebrar todos os seus ossos... Ânsia dividida entre realidade e fantasia na complexa personalidade vincada por memórias obscuras, sombrias... Em gestos e olhares apaixonados disfarçava o amor passional que sentia... A chama do ódio queimou suas asas na vingança homicida... Sem dó transpassou o cutelo no corpo da apaixonada, terna de sonhos e de afagos... Ato insano, amor decapitado... Inerte no chão morreu o que era puro e singelo...
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