sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Lua, (she) desfila sua exuberante pompa...



Lua, és linda... Límpida luz na solidão bucólica das lapides... Percorro contigo os sepulcrários, imerso na memória dos antigos passionais amantes, encanto mágico das velhas historias e contos... Lua, és fiel testemunha nos campos, nos bosques, nas altaneiras arvores... Confesso contido e com a brisa da noite que me toca a face, a caneta desliza suave e tinge de azul o coração melancólico... Em palavras de tendência orgânica, no teto de estrelas onde me prendo por um segundo, mas é a brancura da tua tez que me fascina, overdose de crisálidas... Lua, enquanto o esmerado tempo determina sua orbita, meus lábios trementes te confessam meus medos... Dói sentir, recolher-me no silencio da terra... A garganta se cala adormecida, o vago brilho nos olhos... Corre desvairado nas veias o vazio etéreo, me embriaga de duvidas e fito o amanha indefinido... No recesso da ferida lagrimas oculta... Instintivamente escrevo... Me salvo do eu egocêntrico... Depressa, antes que a coragem esvaeça e o fel se desnude em uma incompleta ode... Quando o tédio incolor ocupa os espaços da vida escrevo de súbito, por impulso, no ermo vago da dimensão humana... No puro psiquismo me perco...E na  histeria nem as alvas da psicanálise me cura...

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