quinta-feira, 9 de setembro de 2010

"Ainda há um pouco de seu gosto em minha boca, ainda há um pouco de você amarrada a minha dúvida"


Quando dei por mim um abismo turvo
Todas as metáforas no silêncio que esmagam
Disfarçam intenso amor e mortal dor insana,
Machuca por querer, oliva carrasca,
Melhor o sepulcario, o repouso no frio leito...
Dói te sentir distante, oxalá como uma miragem
Do seu retrato na parede sorrindo,
Eternizada em papel e tinta,
Inscreveu-se em minha mente,
A epígrafe de Nietzsche amor e histeria...
Dessimetria incurável, conflitiva edípica...
A insólita esperança sentada no bosque,
Olhando pro nada, nas nuvens
A beira do lago que emana neblina,
Dissipada pela brisa, calada segue seu destino
Espontânea a liberdade não escolheu,
Mas, Impensável outro caminho,
Enclausurado na alma de menino,
Vivo por amor e por isso feliz eu sou...

2 comentários:

  1. A Bethania canta uma música do Gonzaguinha que diz: "Vou em paz pois não temo a dor de amar demais..."
    Teu post me fez sentir isso... Uma força estranha, uma determinação, apesar do coração sofrido.
    Beijokas.

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  2. Por que não consegui comentar a primeira?
    Tenha um bom fim de semana, amigo.
    Abraço.
    Renata

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