Uma
voz... Um silencio sussurra na dimensão sem medida... Tateia os campos... Bate
asas... Não importa onde esteja... Nada responde, atravessa o tempo... Paciente
solidão... Linguagem que ninguém entende... Secreta, remota... A voz interior
nua... Geme, sangra, grita... Não pede nada... Às vezes mendiga um carinho, um
afago, um beijo... Quatro paredes a prende nas noites azuis... Vagueia doce,
sensível, inabalável... Ha mistério no leito, no espelho quem bela vê descalça "a
dama do arminho" se descortina, se despi na alma e em segredo chora...