A maioria das pessoas tem dificuldade de assimilar as nuances de uma personalidade, é fato que generalizam quando não entendem o outro, podemos constatar esta verdade histórica. Um comportamento diferente desperta atenção de todo mundo, principalmente hoje que vivemos uma vida cheia frivolidades, queremos pertencer a uma tribo, tentamos ser igual aos demais, condição pra ser aceito, perdemos muito da nossa individualidade, somos frutos da massificação conseqüência do bombardeio das mídias impondo padrões de comportamento e consumo. Algumas pessoas procuram conhecer de tudo e até participam do “jogo”, mais são conscientes, sabem da nossa luta interior, aprendendo a nos dominar, e aos nossos instintos, isso pode explicar algumas decisões incompreendidas pelos outros, quando o processo é interior e invisível aos olhos humanos. Eu percebo uma sociedade egoísta, mais todos querem carinho e atenção, não existiu uma época com tantas pessoas carentes de um abraço, um afeto, uma palavra de conforto. "Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles"(Mt7:12) pena que esquecemos desta máxima. Nem todos perceberam que esse burburinho social provocado pela vida moderna com suas maravilhas tecnológicas, tem alterado nossas emoções e comportamento, perdemos nossa sensibilidade, temos dado um valor exagerado ao materialismo, o “ter” vale mais do que o “ser”, esquecemo-nos da essência, "o humano". Despeço-me com uma frase da Clarice Lispector:
“Sabe o que quero de verdade? Jamais perder a sensibilidade, mesmo que às vezes ela arranhe um pouco a alma. Porque sem ela, não poderia mais sentir a mim mesma.”
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